lua cheia atravessando o parque para a casa daquele estranho chamado veras
o telefone tocou no fim do dia, eu tinha voltado. você me disse que estava tão queimado de sol que não podia aguentar outra mulher. bem, era a minha senha, eu que não usava mais alianças invisíveis. outro dia, olhando sua estante, uma surpresa amarga, reconheço de longe os abismos e a despedida. uma capa de livro marcada pelo trajeto, a foto do Lefebvre que eu gosto tanto, a ausência e o tapete iraniano na sua sala. nenhum vestígio do cotidiano a mais. nenhuma lágrima. só adeus.
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Sublime!