fica mesmo em outra camada atmosférica.
como pode uma instituição estampar tanta ignorância do mundo? o que há com o Estado, que a cada vez supera-se no escárnio pela sua População? muitos riem nervosamente, de puro desespero. cada governante desse país doente deveria ser amaldiçoado a dormir ouvindo um sussuro, a pergunta que assombrasse seus sonhos: " você não tem vergonha?"
todavia esse é só um desejo indignado, um furor mal-contido que tampouco me afasta das telas do computador e da tv, doente eu também. à medida em que envelheço reconheço a elegância e as armadilhas: festas sem alma, em que mãos ágeis, mas enfastiadas, seguram champagne em pequenas garrafas, grosseiramente bebidas no gargalo, igual ao de refrigerante num aniversário antigo de crianças. dirigentes cada vez mais infantis, conversas sobre nada, nada. trajes provocantes mas muito estudados para se revelarem belos. meias, jeitos de dançar e nenhuma, nenhuma ousadia. muitos parecem aborrecer-se; outros, com ar cansado, separam-se da conversa dos companheiros. uns poucos repelem os próprios vestígios de imensa fadiga. entorpecentes produzidos no próprio corpo. metabolismos preguiçosos. metabolismos histéricos. assim se forma um governante. o tédio engolfa o nojo que sentiria de si mesmo ao justificar seu preço para uma nação de famintos, nós. famintos. feliz natal brasileiro.
todavia esse é só um desejo indignado, um furor mal-contido que tampouco me afasta das telas do computador e da tv, doente eu também. à medida em que envelheço reconheço a elegância e as armadilhas: festas sem alma, em que mãos ágeis, mas enfastiadas, seguram champagne em pequenas garrafas, grosseiramente bebidas no gargalo, igual ao de refrigerante num aniversário antigo de crianças. dirigentes cada vez mais infantis, conversas sobre nada, nada. trajes provocantes mas muito estudados para se revelarem belos. meias, jeitos de dançar e nenhuma, nenhuma ousadia. muitos parecem aborrecer-se; outros, com ar cansado, separam-se da conversa dos companheiros. uns poucos repelem os próprios vestígios de imensa fadiga. entorpecentes produzidos no próprio corpo. metabolismos preguiçosos. metabolismos histéricos. assim se forma um governante. o tédio engolfa o nojo que sentiria de si mesmo ao justificar seu preço para uma nação de famintos, nós. famintos. feliz natal brasileiro.
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