reivindicar a cidade

o urbano é lugar do conflito. ponto pacífico, quase cinismo. premissa, pensamento basilar. então, isso acordado, vamos à vida real. muitos pensam que compreender o conflito passa por estabelecer um território que as várias disciplinas possam partilhar - isso, evidentemente, ao lado de todas as armadilhas da interpretação: alegorias de religião, política, etc. mas, como se dará este cruzamento de territórios se o que a cidade indica hoje como sua definição futura é um somatório, sim, mas de enclaves? na fronteira de um enclave só vive o medo da invasão. aí é que não se pode mais falar em lutas sociais de modo elementar. só as premissas podem ser pacíficas. quando se desembarca na vida real a periferia é uma grande cidade da américa latina, onde quase tudo é fronteira do seu próprio avesso. aqui tudo ainda é construção e já é ruína. não há qualquer ação possível que não seja deixar de suavizar junções entre pensamentos divergentes. o lugar do conflito não se dá exatamente no reino da contemplação passiva?

Comments

Anonymous said…
Texto pequenininho mas poderoso! beijaum!
"Je suís la rue, femme êternellement verte,
Je n’ai jamais trouvé d’autre carrière ouverte
Sinon d’être la rue, et, de tout temps, depuis
Que ce pénible monde est monde, je la suis..."

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