lufada de ar novo, a jouer

minha analista me mandou fazer as malas desde o sonho do vestido longo que eu aprendia a ajustar enquanto andava. não vou-me embora facilmente de nenhum lugar, não seria das minhas sessões matutinas e revigorantes que o faria. mas agora já ficou ridículo, acho que preciso mesmo ir. sem mais qualquer dor nos joelhos, a jouer, sozinha, como seu estivesse desenhando um mapa de todos os términos que ficasse, finalmente, pronto. posso colocá-lo num guarda-volumes de aeroporto, junto com uma muda de roupa e o dinheiro da passagem. pra próxima vez em que eu precisar partir sem olhar pra trás.

Comments

sam said…
seu vestido longo que aprendia a ajustar enquanto andava... me remete a te analisar sobre sua vontade.. seu desejo da manhã.. de acordar junto ao sol... porém já estar acordada antes dele...

seu joelho cansado de si mesma.. como penitência aos seus momentos de obrigação intelectual...

de se guardar em um guarda-volumes de aeroporto.. que é onde se vai pra viajar pra um lugar distante que me recorda ainda de uma frase que guardo dentro de mim que o Guga me ensinou.... quando se volta de uma viajem, um novo eu me traz na bagagem... desejas um novo 'eu', rita? =)

rita e seus ritos =) ritos não personificados.. já me abstraindo da psicanálise..

e finalizando com partir sem olhar pra trás.. e partir... romper...

nossos termos e bordões e termos de ter bordões.. nossos estudos e tudo sem plural... é tudo no singular =) mas nossos joelhos acabam nos colocando em cheque... mate.. sem fundo =) economicamente nos ligando e nos intrigando a quem devemos ser. Cidade ou Individuos....

Quem? ahm? =)

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