Debord
Há muitos livros sobre D. na estante, me dei conta disso no domingo à tarde - cortei caminho por dentro do campus para buscá-los.The game of War. Mas, a bem da verdade, D. combina com as manhãs de segunda-feira chuvosas, pois assim sua ironia amarga demora a se dissipar. Massa de ar pesado se deslocando vagarosamente. Andei até em casa pensando para que servem as biografias senão para matar minha sede dos detalhes sórdidos e prosaicos.
Comments
Tá gostando desse brinquedinho novo?
beijos
Juliana
"de que cor eram as meios de hitler?" jorge coli; folha, ilustrada. domingo, 15/10/2006.
Pelo fim: a foto é do bernard faucon, o fotógrafo a quem, academicamente, chamo de meu “objeto”. Para falar deste objeto, “academicamente”, tudo o que eu tenho que fazer é falar sobre o tempo, a fronteira entre a verossimilhança-inverossimilhança e as potências do falso.
Outro dia este “objeto” me escreveu (foi assim que reagi a principio: meu objeto, meu objeto!), e de repente aquele nome que era apenas um crédito para imagens e que vezes eu citava sem associá-lo a nenhuma materialidade, passou a ser um ser vivente. Tão vivo quanto eu (percebo a simploriedade desta afirmação, mas isso, até então, não me passava pela cabeça.) Desde então eu descobri que ele mora a Rue Gotte d`or, que ele é vegetariano, que seu primeiro amor se chamava Patrick e que ele é adorado pelos amigos. Academicamente, isso não muda absolutamente nada, (eu não acredito em ler uma obra a luz de uma vida). Mas a experiência de ver e escrever se tornaram outras. Não foram suas imagens que mudaram de sentido, fui eu quem, por conta desses detalhes insignificantes, pude me afundar em uma vida mais do que em um objeto.
Não sei se respondi…acho que sim. de qualquer forma isto aqui está mais para um post do que para um comment.
beijos